O baleiro
Prendia os cabelos da filha
Brincava com o crespo de seus fios
Como se ali estivesse o dia
De sua infância
O baleiro tão grande,
com um pedaço
Inteiro de gente
Me viu e perguntou:
“Quer comprar uma bala, menina?
Essa bala tem amor”
Comprei
Mas a bala nunca seria
Tão doce quanto aquele episódio.
Michelle Saimon, 2014
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