Girou
E se deparou com a alma
Nua, nua, nua
E depois, vestida de azul
Girou
Caindo em si,
Em cima da cama
Quase em coma
Entre os lençóis de pedras
E sol
Perdeu horas a fio
Fiando saudades
Nas palhas do coqueiral
Girou desperta
Caindo no azul infinito da baía
Onde seu corpo e olhos negros
Casavam com o mar.
Michelle Saimon, novembro de 2015
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