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sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Tom de castanho azul



Girou
E se deparou com a alma
Nua, nua, nua
E depois, vestida de azul

Girou
Caindo em si,
Em cima da cama
Quase em coma
Entre os lençóis de pedras
E sol

Perdeu horas a fio
Fiando saudades
Nas palhas do coqueiral

Girou desperta
Caindo no azul infinito da baía
Onde seu corpo e olhos negros
Casavam com o mar.

Michelle Saimon, novembro de 2015

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